quinta-feira, 7 de julho de 2011

GESTÃO DEMOCRATICA DA EDUCAÇÃO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Gestão Democrática é uma forma de gerir uma instituição de maneira que possibilite a participação, transparência e democracia.

Princípios

Os princípios que norteiam a Gestão Democrática são:
  • Descentralização: A administração, as decisões, as ações devem ser elaboradas e executadas de forma não hierarquizada.
  • Participação: Todos os envolvidos no cotidiano escolar devem participar da gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas que participam de projetos na escola, e toda a comunidade ao redor da escola.
  • Transparência: Qualquer decisão e ação tomada ou implantada na escola tem que ser de conhecimento de todos.
A Gestão Democrática é formada por alguns componentes básicos: Constituição do Conselho escolar; Elaboração do Projeto Político Pedagógico de maneira coletiva e participativa; definição e fiscalização da verba da escola pela comunidade escolar; divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes, equipe técnica; eleição direta para diretor(a);

Conselhos escolares

O Conselho Escolar (CE) é um colegiado com membros de todos os segmentos da comunidade escolar com a função de gerir coletivamente a escola. Com suporte na LDB, lei nº 9394/96 no Artigo 14, que trata dos princípios da Gestão Democrática no inciso II – "participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes", esses conselhos devem ser implementados para se ter uma gestão democrática. Porém, como diz Carlos Drummond Andrade: "as leis não bastam. Os lírios não nascem das leis" (SEED 1998, p. 44).
Dessa forma, os Conselhos Escolares podem servir somente para discutir problemas burocráticos, ser compostos apenas por professores e diretor(a), como um ‘Conselho de Classe’, mas se estiver dentro dos princípios da Gestão Democrática esse Conselho terá que discutir politicamente os problemas reais da escola e do lugar que ela está inserida com a participação de todos os sujeitos do processo. Para que se garanta a constituição de um Conselho Escolar com essas características, Antunes (SEED, 1998) aponta alguns parâmetros importantes a serem considerados:
  • Natureza do Conselho Escolar: Deve ser deliberativa, consultiva, normativa e fiscalizadora.
  • Atribuições fundamentais: Elaborar seu regimento interno; elaborar, aprovar, acompanhar e avaliar o projeto político-pedagógico; criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática da comunidade escolar; definir e aprovar o plano de aplicação financeiros da escola; participar de outras instâncias democráticas, como conselhos regional, municipal, e estadual da estrutura educacional, para definir, acompanhar e fiscalizar políticas educacionais.
  • Normas de funcionamento: O Conselho Escolar deverá se reunir periodicamente, conforme a necessidade da escola, para encaminhar e dar continuidade aos trabalhos aos quais se propôs; a função do membro do CE não será remunerada; serão válidas as deliberações tomadas por metade mais um dos votos dos presentes da reunião.
Composição: Todos os segmentos existentes na comunidade escolar deverão estar representados no CE, assegurada a paridade (número igual de representantes por segmento); o diretor é membro nato do conselho.
  • Processo de escolha dos membros: A eleição dos membros e suplentes deverá ser feita na unidade escolar, por votação direta, secreta e facultativa.
  • Presidência do Conselho Escolar: Qualquer membro efetivo do conselho poderá ser eleito seu presidente, desde que esteja em pleno gozo de sua capacidade civil.
  • Critérios de participação: Participam do Conselho com direito a voz e voto todos os membros eleitos por seus pares; os representantes dos estudantes a partir da 4ª série ou com mais de 10 anos terão sempre direito a voz e voto, salvo nos assuntos que, por força legal, sejam restritivos aos que estiverem no gozo de sua capacidade civil; poderão participar das reuniões do Conselho, com direito a voz e não voto, os profissionais de outras secretarias que atendam às escolas, representantes de entidades conveniadas, Grêmio Estudantil, membros da comunidade, movimentos populares organizados e entidades sindicais.
  • Mandato: Um ano, com direito à recondução.

Projeto político pedagógico

Assim como o Conselho Escolar, o PPP também tem leis para assegurá-lo. Na LDB, o Artigo 12 dispõe: "Os estabelecimentos de ensino (..) terão incumbência de: (Inciso I:) elaborar e executar sua proposta pedagógica". Também no Artigo 13 das incumbências dos docentes, o Inciso I lê: "participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino"; e o Inciso II lê: "elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino".
Percebe-se, porém, que a palavra ‘político’ é descartada, como se qualquer PPP não tivesse uma ideologia e concepções que o cerceiem. Dessa forma, a lei assegura que se faça um Projeto Pedagógico da escola, mas deixa aberto para que se faça um documento somente técnico, sem a devida discussão, que muitas vezes é feito só para cumprir a lei, tornando-se assim um instrumento meramente burocrático e bem longe da realidade esperada.
Para que se tenha êxito em fazer um Projeto Político-Pedagógico, com a participação da comunidade, e para que sua implementação esteja presente na realidade escolar, algumas características são fundamentais:
  • Comunicação eficiente: Um projeto deve ser factível e seu enunciado facilmente compreendido.
Adesão voluntária e consciente ao projeto: Todos precisam estar envolvidos. A co-responsabilidade é um fator decisivo no êxito de um projeto.
  • Suporte institucional e financeiro: Tem que ter vontade política, pleno conhecimento de todos e recursos financeiros claramente definidos.
  • Controle, acompanhamento e avaliação do projeto: Um projeto que não pressupõe constante avaliação não consegue saber se seus objetivos estão sendo atingidos.
  • Credibilidade: As idéias podem ser boas, mas, se os que as defendem não têm prestígio, comprovada competência e legitimidade, o projeto pode ficar bem limitado.

Eleição para diretor

A história do processo de escolha democrática de dirigentes escolares começa no Brasil na década de 60, quando, nos colégios estaduais do Rio Grande do Sul, foram realizadas votações para diretor a partir das listas tríplices. Foi então que, no movimento da democratização, principalmente com o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, a eleição direta tornou-se uma das importantes bandeiras da educação, e pela qual não foi incorporada, como outras (pelo menos em parte), nas legislações principais (Constituição e LDB). É por essa razão também que a história da eleição direta para diretores é marcada por constantes avanços e retrocessos, dependendo da vontade política de dirigentes, para se aparar em leis estaduais e municipais.
Na Gestão Democrática o dirigente da escola só pode ser escolhido depois da elaboração de seu Projeto Político-Pedagógico. A comunidade que o eleger votará naquele que, na sua avaliação, melhor pode contribuir para implementação do PPP. Porém, existem outras formas de escolha de diretor, que são a realidade da maioria das escolas públicas do Brasil. Para entender melhor o que significa eleições diretas para a direção da escola, é importante conhecer essas outras formas de escolhas, que são: nomeação, concurso, carreira, eleição e esquema misto. (SEED,1998 p. 69)
  • Nomeação: O diretor é escolhido pelo chefe do Poder Executivo, estando a direção no mesmo esquema dos denominados ‘cargos de confiança’. Nessa condição, o diretor pode ser substituído a qualquer momento, de acordo com o momento político e as conveniências, por isso é comum a prática clientelista.
  • Concurso: O diretor é escolhido por meio de uma prova, geralmente escrita e de caráter conteudista, e também prova de títulos. Dessa forma se impede o apadrinhamento/clientelismo, mas isso não confere a liderança do diretor diante da comunidade que o integra. Assim, o diretor pode não corresponder aos objetivos educacionais e políticos da escola, não tendo grande compromisso com as formas da gestão democrática, mesmo que isso não seja regra.
  • Carreira: O diretor surge da própria instituição que o integra, por meio de seu plano de carreira, fazendo especializações na área de administração e gestão, entrando naturalmente no cargo. Essa forma caracteriza o diretor apenas por suas habilidades técnicas, esquecendo-se a parte política fundamental para um dirigente-educador.
  • Eleição: O diretor é escolhido pela eleição, que se baseia na vontade da comunidade escolar, por voto direto, representativo, por escolha uninominal ou, ainda por listas tríplices ou plurinominais. Essa é a maneira que mais favorece o debate democrático na escola, o compromisso e a sensibilidade política por parte do diretor, além de permitir a cobrança e a co-responsabilidade de toda a comunidade escolar que participou do processo de escolha.
  • Esquema misto: O diretor é escolhido por diferentes combinações. Por exemplo, mesclando provas de conhecimento com a capacidade de liderança e administração, ou então decido em conselhos menores da escola. Nesses esquemas mistos é comum a comunidade participar em alguma parte do processo, o que possibilita um maior vínculo do diretor com a escola.
A escolha para diretor nas escolas sempre foi um assunto muito polêmico e discutido tanto nas escolas quanto entre especialistas da educação. O assunto encontra-se em grande evidência também devido ao fato de ser, entre as outras práticas de administração da escola, aquela que envolve um maior interesse dos governantes, pois é uma importante ferramenta de cooptação pelo poder – "te dou o cargo e você me dá o apoio". A grande atenção voltada a este tema faz alguns até pensarem que a Gestão Democrática se restringe à eleição direta para diretor.

Referências gerais

  • BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação a Distância. Salto para o Futuro: Construindo uma escola cidadã, projeto político-pedagógico. Brasília: SEED, 1998. ISBN

terça-feira, 31 de maio de 2011

EDUCAÇÃO RELIGIOSA NO BRASIL


O Plano Diretor de Educação Religiosa Batista no Brasil (PDER) se refere ao plano para o atendimento às igrejas batistas no Brasil, de forma a abranger a área educacional da estrutura da Convenção Batista Brasileira (CBB) envolvendo o atendimento à igreja local, além da descrição dos modelos educacionais a serem sugeridos às igrejas locais. O atendimento às igrejas locais em suas necessidades educacionais abrange inúmeras ações, entre elas a produção de literatura, a oferta de estratégias e alternativas educacionais, a assessoria educacional, etc.

Leia mais...
PLANO DIRETOR DA  EDUCAÇÃO RELIGIOSA NO BRASIL

Resumo do Plano Diretor da Educação Religiosa no Brasil
JORNAL BATISTA

Comissão de Educação Religiosa da Convenção Batista Brasileira
PLANO DIRETOR DE EDUCAÇÃO RELIOSA  apresentado na Assembléia de Florianópolis SC

sábado, 14 de maio de 2011

CICLOS DE ESCLARIDADE


"A Escolaridade em Ciclos: práticas que conformam a escola dentro de uma nova lógica - a transição para a escola do século XXI obtidos a partir da análise qualitativa realizada no âmbito de uma unidade escolar".
Claudia de Oliveira Fernandes – UNIRIO – coff@uol.com.br
GT: Educação Fundamental / n.13
Agência Financiadora: CAPES

Análise sobre a organização da escolaridade em Ciclos no Brasil
O objetivo deste artigo é analisar os aspectos que têm sido enfatizados nos estudos e publicações sobre a organização da escolaridade em ciclos no Brasil, bem como suas limitações e perspectivas.
Revisão da literatura e perspectivas para a pesquisa
Jefferson Mainardes
Universidade Estadual de Ponta Grossa


"Este artigo apresenta os resultados da pesquisa que investigou as repercussões que a organização da escolaridade em ciclos introduziu nas escolas e nas práticas dos professores no exercício de sua profissão. O estudo sustenta que a experiência dos ciclos conforma a escola dentro de uma nova lógica".
Claudia Oliveria Fernandes
Escola de Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro


A Escolaridade em Ciclos: práticas que conformam a escola dentro de
uma nova lógica - a transição para a escola do século XXI
Tese de Doutorado de Claudia de Oliveira Fernandes

segunda-feira, 9 de maio de 2011

EDUCAÇÃO

Frases sobre Educação

"A educação é aquilo que sobrevive depois que tudo o que aprendemos foi esquecido." (Burruhs Frederic Skinner)

"Educar a inteligência é dilatar o horizonte dos seus desejos e das suas necessidades." (James Russell Lowell)

"A boa educação é moeda de ouro, em toda parte tem valor."  (Padre Antônio Vieira)

"A única coisa que interfere com meu aprendizado é a minha educação." (Albert Eisntein)

"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra". (Anísio Teixeira)

 "O grande segredo da educação pública de hoje é sua incapacidade de distinguir conhecimento e sabedoria. Forma a mente e despreza o caráter e o coração. As conseqüências são estas que se vê." (Theodore Palmquistes)

"A verdadeira educação consiste em pôr a descoberto ou fazer atualizar o melhor de uma pessoa. Que livro melhor que o livro da humanidade?"  (Mahatma Gandhi)

"Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." (Pitágoras)

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)

"Educação é aquilo que revela ao sábio, e disfarça do tolo, sua falta de entendimento." (Ambrose Bierce)

"O verdadeiro órfão é aquele que não recebeu educação." (Etienne Bonnot de Condillac)

"O grande segredo da educação consiste em orientar a vaidade para os objetivos certos." (Adam Smith)

"A educação inicia o cavalheiro; a conversação completa-o." (Thomas Fulle)

"A educação é o maior e mais difícil problema imposto ao homem." (Immanuel Kant)

"Não se pode falar de educação sem amor". (Paulo Freire)

"Todas as crianças deveriam ter direito à escola, mas para aprender devem estar bem nutridas. Sem a preparação do ser humano, não há desenvolvimento. A violência é fruto da falta de educação." (Leonel Brizola)

"Educar mal um homem é dissipar capitais e preparar dores e perdas à sociedade." (Voltaire)

"Nascemos príncipes. A educação faz de nós sapos." (Eric Berne)

"Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido." (Arthur Lewis)

"Se você acha que a educação é cara, tenha a coragem de experimentar a ignorância." (Derek Bok)

"A educação, no sentido em que a entendo, pode ser definida como a formação, por meio da instrução, de certos hábitos mentais e de certa perspectiva em relação à vida e ao mundo. Resta indagar de nós mesmos, que hábitos mentais e que gênero de perspectiva pode-se esperar como resultado da instrução? Um vez respondida essa questão, podemos tentar decidir com o que a ciência pode contribuir para a formação dos hábitos e da perspectiva que desejamos." (Bertrand Russell)

"A felicidade dos povos e a tranquilidade dos Estados dependem da boa educação da juventude." (Emilio Castelar)

"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele." (Immanuel Kant)

"A educação é para a alma o que é a escultura para o bloco de mármore." (Joseph Addison)

"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda." (Paulo Freire)

"Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem, uma recompensa ou um castigo." (J. Petit Senn)

"Educar es depositar en cada hombre toda la obra humana que le ha antecedido." (José Martí)

"O importante da educação não é apenas formar um mercado de trabalho, mas formar uma nação, com gente capaz de pensar." (José Arthur Giannotti)

"A educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana, com todos os seus poderes funcionando com harmonia e completa, em relação à natureza e à sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um todo, se elevando do plano animal e continuaria a se desenvolver até sua condição atual. Implica tanto a evolução individual quanto a universal." (Friedrich Froebel)

"O importante da educação não é o conhecimento dos fatos, mas dos valores." (Dean William R. Inge)

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." (Paulo Freire)

"Educação é o que resta depois de ter esquecido tudo que se aprendeu na escola." (Albert Einstein)

"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." (Nelson Mandela)

Fonte - http://www.sitequente.com/frases/educacao.html

EDUCAÇÃO PARA UM MUNDO MELHOR

Por um mundo melhor

O homem busca, em desespero, mas antes tarde do que nunca, a preservação do que sobrou neste Planeta. Não é impossível, até porque atitudes simples têm o poder de mudar o rumo de coisas importantes. Mas eis o impasse: por que não se começa a educar para o equilíbrio da ecologia humana? Quanto custa o esforço por um abraço, um sorriso, pela demonstração de afeto?

A Escola gasta quase todo o tempo destinado a ela resolvendo equações de primeiro e segundo graus e a criança vive refém dos deveres de casa. Não há tempo nem espaço brincar. Dirão muitos que a concorrência exige tudo isso na corrida desenfreada ao mercado de trabalho: passar nos concursos, nos vestibulares e arranjar emprego...

Certa vez, perguntaram a uma famosa atriz, centenária, o que a levou ao sucesso nos palcos do teatro e ela nem pestanejou: a fome. Estudar não lhe fez falta? Perguntou o repórter, e ela disse que não, porque a professora só ensinava algarismos romanos até 100.

Por incompetência, muitas Escolas deixaram de ensinar a preservar, a amar uns aos outros, a compartilhar, a viver em grupo e tantas outras coisas fundamentais à felicidade humana! Eles têm pressa de dar o programa todo. E dão. Mas...e os valores que fundamentam a vida?

A educação tem os recursos pedagógicos para ajudar a transformar a humanidade. Quem falhou? Ao invés de se ensinar somente doutrinas, porque não se ensinam valores? Fé, amor, paz, união, misericórdia, fraternidade, solidariedade? Ensinar ao homem a ser bom é um grande desafio. Todas as guerras do Planeta têm origem nas doutrinas.

Quando o homem reflorestar as idéias, podar os galhos secos da ira, regar suas raízes no manancial da fé, vai colher os frutos de um mundo oxigenado de amor. O homem equilibrado vai equilibrar o Planeta!

O Brasil tem recursos para investir na educação, sim. Todavia, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou em viagem a Portugal, que o Brasil investe "menos do que 4%" do PIB (Produto Interno Bruto) na sua área. Segundo ele, gastos em outras áreas, como saúde, são contabilizados como despesas em educação. Estudo feito pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) revela que o Brasil gasta 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação pública. Esta porcentagem está abaixo da média verificada nos países que pertencem à Organização, que é de 4,9%. No ranking a França é a líder, com 5,61%, seguida do México (5,12%), Estados Unidos da América (5,02%), Coréia do Sul (4,79%), Grã-Bretanha (4,66%) e Espanha (4,33%). O país deveria investir, durante 20 anos, pelo menos 6% do PIB, se quiser realmente amenizar seus problemas na área educacional. Com PIB de R$ 1,9 trilhão, o Brasil é a maior economia da América Latina. Há um déficit de no mínimo 254 mil professores na rede esfarrapada do sistema. Precisa falar mais o que? Distribuem-se computadores a analfabetos funcionais como se isto fosse inclusão.
O mundo, cada vez mais perto e visível, fica ao alcance de um mouse e muitas vezes, na mira de uma bala perdida. Ás vezes, o educador, sim, fica invisível. Cadê o educador?

Diz-se que um certo rei mandou colocar uma enorme pedra no centro de uma estrada bastante movimentada e ficou, à distância, observando as reações daqueles que por ali passavam. Ele desejava ver quem tomaria a iniciativa de retirar a pedra, que atrapalhava o livre trânsito. Os homens de todas as camadas sociais passaram e todos igualmente se desviavam da pedra, subindo no acostamento. O rei notou que a maioria daqueles que caminhavam, apressados, queixava-se do rei por não se interessar pela conservação da via.

Finalmente, um lavrador aproximou-se da pedra e, com grande esforço, retirou a pedra do caminho. Acontece que, ao transportar a pedra para fora da estrada, sentiu que pisara em alguma coisa que certamente estaria embaixo dela. Depois de afastá-la do caminho, voltou e viu que no lugar ocupado por ela estava uma carteira. Abrindo-a, encontrou, além de uma respeitável soma de dinheiro, também uma notificação do próprio rei, esclarecendo que aquela importância se destinava a quem demonstrasse respeito, consideração mútua e urbanidade ao retirar da estrada a pedra que mandara colocar de propósito.

Moral da história: O educador sabe o que fazer das pedras. A educação precisa mudar o ritmo, a postura e o tom do discurso para garimpar tantas pedras preciosas que encontra pelo caminho. E sobre pedras edificar escolas. Afinal de contas: ”Tu és Pedro e sobre esta pedra...”.

Texto de Ivone Boechat
 
Fonte: http://ivoneboechat.blogspot.com/2010/06/por-um-mundo-melhor_25.html 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

METODOLOGIA DE ENSINO

            A metodologia de ensino procura apresentar roteiros para diferentes situações didática, conforme a tendência/corrente pedagógica adotada pelo professor/instituição, de forma que o aluno se aproprie dos conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades pedagógicas.
A análise da prática pedagógica tem demonstrado que só serão possíveis mudanças significativas na educação brasileira, à medida que o professor  tiver uma compreensão profunda da razão de ser da sua prática e uma clara  opção política acerca do seu ato pedagógico.
            Embora muitos professores sintam que têm um papel importante na determinação de mudanças significativas no processo de ensino, frustam-se quando, na busca de alternativas, nem sempre conseguem bons resultados. Se na sua prática cotidiana o professor percebe que a metodologia adotada favorece apenas alguns alunos, em detrimento de outros ou da maioria, é preciso que ele compreenda e tenha claro o porquê disso, a que alunos este método favorece e porque os favorece. Sem essa compreensão, dificilmente conseguirá mudanças que levam a resultados significativos.

            Vejamos alguns pontos chaves:
·         A necessidade de que o aluno tenha participação ativa no processo ensino-aprendizagem.
·         Critérios de escolha a ser considerado, conforme o quadro a seguir.



OBJETIVOS EDUCACIONAIS



EXPERIÊNCIA DIDÁTICA DO PROFESSOR

ESTRUTURA DO ASSUNTO E TIPO DE APRENDIZAGEM ENVOLVIDO


ESCOLHA DE ATIVIDADES DIDÁTICAS



ETAPA NO PROCESSO DE ENSINO



CONTRIBUIÇÕES E LIMITAÇÕES DAS ATIVIDADES DE ENSINO





TEMPO DISPONÍVEL
ACEITAÇÃO E EXPERIÊNCIA DOS ALUNOS







FACILIDADES FÍSICAS




·         Cada atividade tem um potencial pedagógico diferente e limitações específicas.
·         Não se pode oferecer uma receita didática, mas apenas conceitos e tipologias.

            Alguns dos importantes subsídios de escolha são:
·         O objetivo de ensino é o definidor dos critérios de seleção e organização dos métodos e técnicas.
·         A estrutura do assunto a ser ensinado determina o tipo de atividade.
·         As características próprias das atividades de ensino.
·         A etapa no processo de ensino determina o tipo de atividades mais indicado.
·         Tempo e as facilidades físicas disponíveis.

O aluno deve desenvolver as capacidades de:
·         Observar
·         Analisar
·         Teorizar
·         Sintetizar
·         Aplicar e transferir o aprendido
As atividades metodológicas desenvolvidas devem ser combinadas, de forma simultânea ou seqüencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de  perceber e analisar o assunto sob diversos ângulos.
É importante ressaltar que há diferenças no grau de liberdade de opção das técnicas a serem utilizados pelos professores. Havendo um maior controle no 1º e 2º ciclo e maior liberdade nos demais ciclos de ensino, por parte da coordenação pedagógica.
Nas condições objetivas de trabalho docente, falta tempo e espaço para refletir com seus colegas sobre a experiência pedagógica de cada um e o estudo de um instrumental teórico sistematizado que auxilie na compreensão da razão de ser dos problemas enfrentados. Pode-se notar, na variedade de técnicas de ensino, um ecletismo devido às diversas teorias pedagógicas que lhe deram origem.
Segundo VASCONCELLOS (1999, p. 147) de acordo com a teoria do conhecimento que fundamenta o trabalho do professor, considera como referência a concepção dialética de conhecimento, destacando a problematização como elemento nuclear na metodologia de trabalho em sala de aula. Se forem adequadamente captadas, as perguntas deverão provocar e direcionar de forma significativa e participativa, o processo de construção do conhecimento por parte do aluno, sendo também um elemento mobilizador para esta construção. Nesse sentido, ao preparar a aula, o professor já poderia destacar as possíveis perguntas e problemas desencadeadores para a reflexão dos alunos.
            De acordo com VILARINHO (1985, p. 52) os métodos de ensino apresentam três modalidades básicas:
-          Métodos de ensino individualizado: a ênfase está na necessidade de se atender às diferenças individuais, como por exemplo: ritmo de trabalho, interesses, necessidades, aptidões, etc., predominando o estudo e a pesquisa, o contato entre os alunos é acidental.
-          Métodos de ensino socializado: o objetivo principal é o trabalho de grupo, com vistas à interação social e mental proveniente dessa modalidade de tarefa. A preocupação máxima  é a integração do educando ao meio social e a troca de experiências significativas em níveis cognitivos e afetivos. 
-          Métodos de ensino sócio-individualizado: procura equilibrar a ação grupal e o esforço individual, no sentido de promover a adaptação do ensino ao educando e o ajustamento deste ao meio social.
O quadro a seguir sugere a escolha das técnicas em função dos objetivos a atingir.

Modalidades Básicas
Técnicas
Aplicações
Individualizado
Estudo Dirigido
Estimular método de estudo e pensamento reflexivo.
Levar a autonomia intelectual.
Atender a recuperação de estudos.
Ensino por fichas
Revisão e enriquecimento de conteúdos
Instrução programada
Apresentação de informações em pequenas etapas e seqüência lógica.
Fornece recompensa imediata e reforço.
Permite que o aluno caminhe no seu ritmo próprio.
Ensino por módulos
Leva o estudante a responsabilidade no desempenho das tarefas propostas.
Propõe ao aluno os objetivos a serem atingidos e variadas atividades para alcançar esses objetivos.
Socializado
Discussão em pequenos grupos
Estudo de casos
Troca de idéias e opiniões face a face.
Resolução de problemas.
Busca de informações.
Tomada de decisões.
Discussão 66 ou Phillips 66
Revisão de assuntos.
Estímulo à ação.
Troca de idéias e conclusão
Painel
Definir pontos de acordo e desacordo.
Debate, consenso e atitudes  diferentes (assuntos polêmicos)
Painel Integrado
Troca de informações.
Integração total (das partes num todo).
Novas oportunidades de relacionamento.
Grupo de cochicho
Máximo de participação individual.
Troca de informações.
Funciona como meio de incentivação.
Facilita a reflexão.
Discussão dirigida
Solução conjunta de problemas.
Participação de todos os
Brainstorming
Criatividade (Idéias originais).
Participação total e livre.
Seminário
Estudo aprofundado de um tema.
Coleta de informações e experiências.
Pesquisa, conhecimento global do tema.
Reflexão crítica.



Modalidades Básicas
Técnicas
Aplicações

Socializado
Simpósio
Divisão de um assunto em partes para estudo.
Apresentação de idéias de modo fidedigno.
O grupão faz a conferência do que foi apresentado.

GVGO ou Grupo na Berlinda
Verbalização.
Objetividade na discussão de idéias.
Capacidade de análise e síntese.

Entrevista
Troca de informações.
Apresentação de fatos, opiniões e pronunciamentos importantes.

Diálogo
Intercomunicação direta.
Exploração, em detalhe, de diferentes pontos de vista.

Palestra
Exposição menos formal de idéias relevantes.
Sistematização do conteúdo.
Comunicação direta com o grupão.
Dramatização
Representação de situações da vida real.
Melhor rendimento e compreensão dos elementos.
Sócio-individualizado
Método de Projetos
Realiza algo de concreto.
Incentiva a resolução de problemas sugeridos pelos alunos.
Exige trabalho em grupo e atividades individuais.
Método de problemas
Desenvolve o pensamento reflexivo.
Desenvolve o pensamento científico.
Unidades didáticas
Compreensão do “todo” a ser estudado.
Incentivo ao aluno e a criatividade, flexibilidade nas atividades.
Permite organização do conteúdo aprendido.
Unidades de Experiências
Aplicação do conceitos teóricos na prática.
Permite ao aluno uma análise crítica e a reconstrução da experiência social.
Pesquisa como atividade discente
Desenvolve o gosto pelo estudo científico.
Leva o aluno a distinguir a pesquisa pura da aplicada.
Utiliza-se de diversas técnicas de coleta de dados.
Utiliza-se do método científico.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1.      ANTUNES, Celso. Jogos para estimulação das múltiplas inteligências.  Petrópolis: Vozes, 2000.
2.      BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de Ensino-Aprendizagem. Petrópoliz: Vozes, 1989.
3.      MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Didática Teórica e Didática Prática: para além do confronto. São Paulo: Loyola, 1989.
4.      MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2001.
5.      NÉRICI, Imídeo Giuseppe. Metodologia do Ensino: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1981.
6.      RAMOS, Cosete. Sala de aula de qualidade total. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1995.
7.      VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. São Paulo: Libertad, 1999.
8.      VILARINHO, Lúcia Regina Goulart. Didática: Temas Selecionados. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1985.
                                                            

Fonte: